domingo, 11 de novembro de 2012
BAGNO, Marcos> Vejam o email que ele recebeu de um jornalista de O Globo com "uma pergunta tão imbecil que só merece uma resposta irônica."
domingo, 9 de setembro de 2012
Lista de exercícios 1
Lista de Exercícios elaborada pela professora Mônica Orsini
1) Que
concepção de gramática cada um dos trechos a seguir revela? Justifique.
a) “
A melhor denominação para as três formas portuguesas de um dado pronome pessoal
é: a) forma isolada; b) forma dependente adverbal ; c) forma com preposição
regente. A primeira é uma forma tônica ou livre; a segunda, um clítico que pode
ficar em próclise ou ênclise em relação ao vocábulo verbal; a terceira, uma
forma tônica, mas também dependente, porque só aparece em enunciação autônoma,
associada a uma preposição.”
b) “É
obrigatória a próclise:
a) nas orações negativas; b) nas orações exclamativas, começadas por palavras exclamativas, bem como nas orações optativas; c) nas orações subordinadas.
a) nas orações negativas; b) nas orações exclamativas, começadas por palavras exclamativas, bem como nas orações optativas; c) nas orações subordinadas.
2) Leia
o texto abaixo:
É MASSA, BROTHER.
Brother, dentro dessa nova edição
do Vestibular 500 testes tem tudo para que o próximo vestiba role na maior.
Só de português são 80 questões,
sendo 50 testes e 30 escritas.
Fora as questões de física,
química, biologia, história, geografia, matemática e inglês.
Ah, tem uma lista de livros e uma
série de dicas que você precisa ficar por dentro antes de encarar os exames.
Vestibular 500 testes, especial
do Guia do Estudante.
Desencana, brother.
Vestibular agora é manha.
(Veja São Paulo, n° 13, 3 out.1991)
Pode-se dizer que o autor desse
texto não sabe falar bem português? Justifique, levando em conta os seus
conhecimentos sobre adequabilidade e variação lingüística.
3) Identifique
se, na passagem abaixo, ocorre uma análise diacrônica ou sincrônica da língua,
justificando.
“ Finalmente, quando l ou n
eram seguidos de um iode, originário
de i e e em hiato,essas consoantes passaram a [ lh ] e [ nh ] palatais ou “molhados” ; ex.:
filium> port. Filho, seniorem > port. senhor, teneo > port. tenho .”
4) Explique
a dupla articulação da linguagem, relacionando-a ao principio da economia
lingüística. Utilize o texto a seguir de Millôr Fernandes para fornecer exemplificação
pertinente.
Aquele rapazinho escreveu esta
carta para o irmão:
Querido mano,
Anteontem futebolei bastante com
uns amigos. Depois cigarrei um pouco e nos divertimos montanhando , até que o
dia anoiteceu . Então desmontanhamos , nos amesamos, sopamos, arrozamos,
bifamos, esopadamos e cafezamos. Em seguida, varandamos. No dia seguinte,
cavalamos muito.
Abraços do irmão,
Maninho
O irmão respondeu:
Maninho,
Ontem livrei-me pela manhã , à
tarde cinemei e à noite , com papai e mamãe, teatramos. Hoje colegiei, ao meio
dia me leitei e às três papelei-me e canetei-me
para escriturar-te . E paragrafei finalmente aqui porque é hora de
adeusar-te , pois ainda tenho que correiar
esta carta para ti, e os relógios já estão cincando.
Do teu irmão,
Fratelo
5) A
língua portuguesa dispõe de vários sufixos para formar substantivos abstratos a
partir de adjetivos, como se pode verificar na breve lista a seguir:
Cruel> crueldade
Manso> masidão
Belo> beleza
Doce> doçura
Considerando que tudo na língua
se prende a dois eixos: o sintagmático e o paradigmático, responda:
a) Que
tipo de relação existe entre esses sufixos? Justifique.
b) Que
tipo de relação existe entre o adjetivo
e o sufixo ?
6) Comente
o trecho a seguir, fornecendo exemplos
nos níveis morfológico e sintático da língua.
“Num estado de língua ( sincrônico
), tudo se baseia em relações que os termos estabelecem entre si no discurso (
sintagma ) ou na memória do falante
( paradigma )” .
( CARVALHO, Castelar de. Para
compreender Saussure. Petrópolis: Vozes, 2003 )
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Ataliba de Castilho no Programa do Jô.
Excelente entevista, especialmente por explicar ao público não-especialista sobre mudança linguística, diferenças entre o Português do Brasil e o Português Europeu e algumas observações acerca do Acordo Ortográfico. Tem um pouco de propaganda sobre a gramática dele, mas tudo bem, esse também era um dos objetivos da entrevista. De modo geral, as colocações são muito esclarecedoras. Recomendamos !
Sobre a Variação...
Dos conceitos aos exemplos: o texto traz a tona a "realidade" da Variação.
Entrevista muito boa!!! Vale a pena ler!!!
Língua - Vidas em Português
O vídeo mostra o início do filme "Línguas - Vidas em Português". É um filme muito bom para introduzir o curso de Variação.
Segue abaixo uma resenha crítica do filme:
O mundo que nos cerca está rodeado por uma enormidade
de culturas diferentes. O fator cultural, além de abordar diversas vertentes no
que diz respeito à comida, modo de vestir, tradição musical e muitos outros
aspectos, também traz consigo a língua. Ela é, em grande parte, responsável
pela identidade de um povo e pela união, mesmo que discreta, de falantes que a
utilizam, apesar das variações que podem adquirir. O filme “Línguas – vidas em
português” traz na sua essência essa união, demonstra diferentes vertentes que
uma só língua pode adquirir e expõe o que vem a ser mundo lusófono.
Partindo, primeiramente, de uma análise mais
estrutural do filme é possível notar que ele se baseia em depoimentos coletados
por diversos falantes da língua portuguesa proveniente de diversos locais.
Esses, por sua vez, são mesclados ao longo da obra, permitindo que o
espectador, mesmo que inconsciente, já faça uma comparação com os diferentes
“falares” da mesma língua. Além dessa prévia confrontação, é notório que a
mudança dos ambientes que estão os falantes também gera ao público a idéia de
que, conforme eles se alteram, o “jeito” de falar também muda.
Outra acepção importante diz respeito à caracterização
do mundo lusófono. Segundo muitos estudiosos, ele pauta-se pelo “conjunto de identidades culturais existentes em países,
regiões, estados ou cidades falantes da Língua Portuguesa como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e
Príncipe, Timor-Leste e por diversas pessoas e comunidades em todo o
mundo”. Esse conceito torna-se
importante para demostrar que, embora sejam regiões afastadas geograficamente,
elas são unidas por um fator maior: a língua.
Definindo conceitos importantes e destacando
caracteristicas estruturais do filme, torna-se possível uma análise mais
conteudista. Citarei alguns exemplos – não todos, por se tratar de muitos – do
filme a fim de contextualizar melhor as afirmações e trazer um carater mais
real e paupável ao trabalho. Partindo de
um exemplo marcante – não só ao meu ver mas também de outros espectadores –
abordaremos o vendedor de balas. Ex líder de arrastão, Márcio vende bala no ônibus
e aproveita para pregar as crenças de sua Igreja (converteu-se a Igreja
Evangélica após largar a vida do crime). Com um traje pouco comum – roupa
social, camisa toda abotoada – ele utiliza palavras pouco “comuns”, observando-se
claramente a tentativa de se adequar ao vocábulário presente na Bíblia. Outro
personagem marcante no filme é o escritor Saramago. Ele aparece em diversas
cenas relatando a importância que a Língua Portuguesa possui, como pode ser
observado em “Se o leitor de livros, aquele que gosta de ler, nao se limitar
aquilo que faz agora... se ele andar para trás, se ele começar do princípio,
pode ler os grandes poetas... a língua passa a ser algo mais que um mero
intrumento de comunicaçao. Transforma-se numa mina inesgotável de beleza e de
valor...” e nos mostra isso em uma
línguagem “clara”, “pontual”, caracterizada como a utilizaçao da norma culta.
Por fim, porém nao menos importante, destaca-se o jovem que vive em um prédio
abandonado em Angola e possui na sua linguagem uma série de gírias. Por
influência da televisão e a vontade de virar rapper, seu jeito de falar e
cantar é marcado por expressões americanizadas e vocabulário próprio dessa
linha.
Esses exemplos são importantes de serem destacados e
caracterizados pois eles mostram a diversidade que a língua pode adquirir.
Apesar de todos falarem o mesmo idioma, ou seja, adotarem o mesmo sistema de
regra para se comunicar,cada qual a adequa de acordo com a classe social e meio
em que estão inseridos. Esse processo mostra a mobilidade que a língua tem e a
sua capacidade de se adaptar de acordo com cada “situação”. É diante desse
quadro que é possivel afirmar que a língua,assim como qualquer entidade viva,
está suscetivel a mudança e que esse processo é muito normal tendo em vista a
adaptabilidade do meio.
O fato de falarem a mesma língua e estarem distante
geograficamente nos exemplifica mais um aspecto abordado: mesmo “longe”, esses
indivíduos são unidos por um fator maior. É notório ver que a língua faz parte
da nossa identidade, que ela faz parte da nossa constituição como ser nacional.
Diante disso, não é estranho que nos identifiquemos com pessoas totalmente
“diferentes” mas que falam o mesmo idioma que nós. A língua traz uma identidade
e une povos que veem nela essa mesma identificaçao.
Com isso é possível perceber que distâncias geográficas
nem sempre são barreiras para a união de muitos povos. Há fatores muito mais
importantes, como nos mostra o filme, que são capazes de realizar essa façanha.
Diante disso destaca-se a extrema importância que uma língua tem não só diante
uma sociedade mas também frente a toda uma nação que a utiliza como meio de
comunicação. Por isso é necessário que a preserve e aceite-a de acordo com as
“pequenas” variações que podem adquirir de acordo com lugar, estrato social e
caracteristicas pessoais. Sua força é indiscutível: ela une diferentes povos em
um só.
Por Mariana Delesderrier da Silva
Bibliografia Comentada
Texto 1:
RUIZ,São
Álvaro. Método, Economia e Eficiência nos Estudos. In Metodologia
científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo, Atlas, 2002.
è Orientações
básicas para os calouros se acostumarem com a rotina de estudos na faculdade –
métodos e técnicas.
Texto 2:
ORSINI, Mônica . Elaboração de respostas que
envolvam conceitos e análise de dados.
è Roteiro
para elaboração de respostas a nível acadêmico.
Texto 3:
FRANCHI,
Carlos. Mas o que é mesmo
“gramática”? In: São Paulo, Parábola, 2006
è Polissemia
do termo gramática
Texto 4:
Abismo
do Padrão. In Revista Conhecimento prático da Língua Portuguesa.
Editora: Escala Educacional. Edição número 19, (2010).
Texto 5:
SCHERRE, M. Marta P. Doa-se
lindos filhotes de poodle: Variação linguística, mídia e preconceito . São Paulo, Parábola, 1995
è Desmistifica
o preconceito linguístico existente na sociedade. A variação linguística é algo
tão presente nas línguas que já pode ser observada também na escrita não monitorada.
A autora analisou a concordância de número no português do brasileiro (na
escrita ).
Texto 6:
FARACO, Carlos A. Norma
Culta Brasileira – desatando alguns nós.
è Como se forma uma norma, por que uma norma
adquire prestígio.
Texto 7:MOLLICA, M.C. e BRAGA, M.L (orgs).Fundamentação teórica: conceituação e delimitação. In Introdução à Sociolinguística: o tratamento da variação. 4° Ed. São Paulo. Contexto, 2010.
è Conceitos
básicos sobre a teoria da variação linguística; conceitua e delimita o objeto
de estudo da linguística.
Texto 8:
FIORIN,
J.L (org) A língua como objeto da linguística. In Introdução à Linguística.
Objetos teóricos. São Paulo, Contexto, 2008
Texto 9:
MARTELOTTA,
M.E. Manual de Linguística . São Paulo, Editora Contexto,2008.
è Ver
Capítulos sobre Sociolinguística e Estruturalismo ( neste, é
observado o estudo Saussureano sobre o Signo Linguístico )
Texto 10:
CARVALHO,Castelar de. Para compreender Saussure: fundamentos e visão
crítica 16°ed. Petrópolis, Vozes, 2008
Texto 11:
BAGNO,
Marcos. Preconceito linguístico :o que é, como se faz. São Paulo,
Edições Loyola,1999.
Texto 12:
CALLOU,
Dinah. Gramática, variação e normas. In VIEIRA, Silvia R. & BRANDÃO, Silvia
F. (orgs.) Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo,
Contexto,2008.
Texto 13:
PAGOTTO,
E.G. Sociolinguística ( fragmento ). In: Introdução às ciências da
linguagem. Linguagem, história e conhecimento. SP: Pontes Editores, 2006.
è Resumo
sobre sociolinguística
Texto 14:
Português
do Brasil: A variação que vemos e a variação que esquecemos de ver.
è Tipos
de variação
Texto 15:
CUNHA,Celso & CINTRA,Lindley. Do latim ao
Português Atual . In Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5ª ed.
Rio de Janeiro, Lexicon, 2008.
è Mudança
Linguística – diacronia ( capítulo 1 da Gramática )
Texto
16:
CUNHA,Celso
& CINTRA,Lindley. Domínio atual da Língua Portuguesa . In Nova Gramática
do Português Contemporâneo. 5ª ed. Rio de Janeiro, Lexicon, 2008.
è Variedades
do Português, dialetos, unidade e diversidade linguística. ( capítulo 2 da
Gramática )
·
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terça-feira, 29 de maio de 2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
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